O governador Roberto Requião enviou ontem (02) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao chefe da Casa Civil, ministro José Dirceu, um ofício solicitando medidas urgentes de apoio à agropecuária paranaense devido à longa estiagem que assola o Paraná nas últimas semanas e aos preços baixos das principais commodities.

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Requião alerta o presidente sobre o quadro de extrema apreensão e preocupação que os produtores rurais estão vivendo no Paraná, fruto do reflexo direto da retração dos preços internacionais do algodão, milho, soja, e trigo, além das condições adversas do clima. Segundo o governador, os agricultores estão ameaçados de ficarem sem receitas suficientes para saldar suas dívidas de financiamento, e o quadro é agravado pela política de câmbio (dólar desvalorizado) e pelo balanço de oferta e demanda mundial destas commodities.

No documento, Requião propõe ao Governo Federal a liberação de recursos para comercialização da safra 2004 de trigo, cujos preços estão abaixo dos preços mínimos, e a renegociação das parcelas vencidas do custeio de acordo com a capacidade de pagamento dos produtores.

Segundo o governador, os produtores necessitam de mais recursos para o custeio da safra 2005 de milho, milho-safrinha e trigo, e a prorrogação das parcelas dos financiamentos de investimentos já vencidos, ou a vencer, para o final do contrato.

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Outras medidas propostas pelo governador são a remoção imediata dos estoques governamentais de milho e trigo depositados nos armazéns das cooperativas no Paraná, a liberação de recursos de AGF (Aquisição do Governo Federal), EGF (Empréstimos do Governo Federal), leilões para o PEP (Prêmio de Escoamento de Produção), e os Contratos de Opção.

Se essas medidas não forem adotadas, diz o governador no ofício, os reflexos na economia paranaense e nacional certamente serão negativos, com conseqüências desastrosas, como a redução de aporte na economia, especialmente no interior, que afetarão o comércio e a indústria. O governador alerta também para a queda do volume nas exportações dos produtos agropecuários e a redução do nível da atividade econômica e a conseqüência redução do emprego. 

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