O governador Roberto Requião determinou nesta segunda-feira (20) ao presidente da Copel, Rubens Ghilardi, uma reavaliação dos custos que a empresa pretendia cobrar da Sercomtel pelo aluguel do uso de sua rede de fibra óptica. A orientação surgiu após o vice-presidente da Sercomtel, Oscar Bordin, informar ao governador que os custos da estatal estão acima dos praticados pelo mercado.
Segundo Bordin, ?existe uma diferença muito grande de preço e é exatamente essa diferença entre o que a Copel e o mercado cobram que nós estamos querendo acertar?. Bordin explicou que a Sercomtel está promovendo a expansão da rede fixa de telefonia para outras cidades do Estado, mas tem encontrado ?uma certa dificuldade de contratar os serviços da Copel?.
Como exemplo, Bordin citou a expansão da rede de telefonia fixa para Arapongas. ?O custo de locação da rede de fibra óptica solicitado pela Copel era de R$ 70 mil mensais e o custo de implantação da nossa rede seria de R$ 240 mil. Em pouco mais de três meses de aluguel, é possível construir uma rede própria?, avaliou. Bordin também revelou que uma das propostas que recebeu, com preços mais baixos, era de uma empresa que utilizaria a rede da Copel e, mesmo pagando aluguel para a estatal, conseguiria oferecer um custo menor.
Ghilardi concordou que a tabela de preços que a Copel enviou para a Sercomtel ?aparentemente estava acima do preço praticado pelo mercado. Fizemos um levantamento para ver qual é o custo real da Copel e de fato constatamos que o nosso custo está um pouco exagerado?. Segundo ele, a orientação do governador foi de reavaliar esse valor e fazer uma nova proposta para a Sercomtel.
?Independente disso, estou fazendo uma reavaliação da área de telecomunicações da empresa. Vamos ter que ver por que a Copel não é competitiva quando ela tem no Paraná inteiro sua rede de fibra óptica e teoricamente nossos preços teriam que ser menores do que os demais concorrentes?, adiantou Ghilardi.