O governador Roberto Requião e o secretário da Saúde, Cláudio Xavier, inauguraram nesta segunda-feira (4) as novas instalações do Pronto-Atendimento do Centro Psiquiátrico Metropolitano (CPM). Com a reforma, o centro teve um acréscimo em sua estrutura de 36 metros quadrados, passando de 215 para 251 metros quadrados. O investimento total foi de cerca de R$ 200 mil para o ambulatório, equipamentos, materiais e serviços. ?Esta é uma obra que deve durar 20 ou 30 anos?, afirmou Requião. ?É a primeira reforma em mais de 20 anos?, disse. O governador ainda elogiou a infra-estrutura e disse que se trata de uma boa reforma e uma grande melhora. Também estava presente o secretário de Obras Públicas, Luiz Caron.
O CPM é referência no atendimento em saúde mental para a Região Metropolitana de Curitiba e a 1ª Regional de Saúde de Paranaguá. Com as novas instalações, o pronto-atendimento oferece maior possibilidade de acesso à população e tem capacidade para atender 70 pessoas por dia. Só no mês de maio o pronto-atendimento atendeu 1.260 pacientes.
Atende mensalmente cerca de quatro mil pacientes com transtornos mentais e dependentes químicos (álcool e drogas) e mais 67 pacientes que permanecem no centro de atenção psicossocial. ?É uma grande mudança. Antes os pacientes ficavam até esperando na chuva. Agora os funcionários estão estimulados. Além da obra, houve mudança de consciência, a população agora tem um atendimento mais humanizado?, disse o secretário da Saúde, Cláudio Xavier.
O Centro atende pacientes durante 24 horas e possui pronto-atendimento, ambulatórios para adultos, que contam com psicólogos e psiquiatras, e ambulatórios infantis, que contam com psicólogos, psiquiatras, fonoaudiólogos, pedagogos e assistentes sociais, além de oficinas terapêuticas.
Ismael Ferreira, 48, tem um irmão que é paciente no Centro há dois anos. Ele diz que com as novas instalações ficou mais confortável a espera do atendimento. ?Agora o visual está bom, melhorou muito?, disse. Já para Ana Amélia Silva Garcia, que está sendo tratada há 20 dias, as condições também melhoraram. ?Agora está mais confortável. Todas as condições de espera evoluíram muito?, conta.
De acordo com o diretor-geral do Centro Psiquiátrico Metropolitano, Olavo Gasparim, as novas instalações permitem evitar o internamento desnecessários dos pacientes com a implantação do programa de acolhimento. ?Ao implantar o programa de acolhimento ao usuário, o Centro se alinhará com a política nacional de reforma psiquiátrica. Com isso podemos evitar a internação desnecessária dos pacientes, possibilitando o tratamento junto aos seus familiares?, comenta Gasparim.
Reforma
O secretário Cláudio Xavier também comentou a reforma psiquiátrica que está em andamento no Estado. ?Há 200 anos falam em mudança no modelo de assistência?, disse. Ele lembrou que foram desativadas 1.500 vagas hospitalares e outras três mil no novo modelo foram abertas. ?De 30 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) pulamos para 62 e de duas residências terapêuticas ampliamos para 18 e outras sete devem entrar em funcionamento até o final deste ano?, afirmou.
