O governador Roberto Requião afirmou nesta quarta-feira que o Porto de Paranaguá não pode exportar soja transgênica porque o terminal não pode separar a soja convencional da geneticamente modificada. O alerta foi feito diante da aprovação pelo Senado da lei da Biossegurança, que regulamenta o plantio, a comercialização e a pesquisa com sementes transgênicas.

“O Porto de Paranaguá não tem condições de exportar soja de forma segregada”, avisou o governador. “Nossos cálculos apontam que 99,9% da soja que chega ao porto é soja pura, que encontra mercado e preços melhores no mundo inteiro. Por que vamos misturar essa soja com a transgênica e pagar royalties sobre toda a soja convencional?”

O governador informou que a separação só seria possível se houvesse um grande investimento num cais separado e emendou: “Por que não usam o Porto de Santos ou os portos de Santa Catarina, que já exportam soja segregada, e deixam o Paraná manter a qualidade de seu produto?”.

De acordo com Requião, se o Porto de Paranaguá misturar 1% ou 2% de soja transgência à soja convencional, o Paraná pagaria neste ano cerca de R$ 120 milhões em royalties para a multinacional Monsanto, detentora da patente. “Isso seria um crime contra a economia do Estado”, denunciou.

Ainda segundo o governador, ninguém pode aceitar que o monopólio da Monsanto tome conta da agricultura brasileira. “Isso é um mau negócio para o Paraná e para o Brasil. Que não se diga no futuro que o Paraná se omitiu na defesa do interesse da sua agricultura”, alertou

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