O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), reeleito para mais um mandato, disse nesta segunda-feira (30) que "serão eliminados" os contrapontos, sobretudo na questão de política econômica, que fizeram com que ele tivesse atritos com o governo federal na atual gestão. "Eu tenho certeza que o Lula (presidente Luiz Inácio Lula da Silva) aprendeu muito nesse processo, como nós aprendemos também e faremos um governo conjunto a favor do Brasil, a favor do desenvolvimento, da ética na política e da punição de culpados, que venham a ser encontrados em qualquer partido", afirmou.
Instigado a analisar os erros e acertos do governo Lula, Requião disse que errar todos erram. "A perfeição não existe no Paraná, não existe no Lula, não existe no Requião, não existe em nenhum de nós", admitiu. "Nós queremos uma política nacional ideologizada, defesa dos interesses do Brasil, uma opção clara pelos mais pobres." Mais tarde, acentuou esperar que o segundo governo Lula seja "o que sonhei na primeira vez".
Entre as propostas econômicas, Requião disse que a unificação do ICMS é "interessante". Mas não quer que seja impedido que cada Estado trabalhe com diferimentos e dilações do recebimento do imposto. Para ele, a reforma tributária deveria se resumir ao fim da guerra fiscal e ao restabelecimento da distribuição de recursos anterior à Constituição de 88. "O que precisa é a reforma da política econômica", ressaltou.