O governador Roberto Requião exigiu medidas mais radicais na prevenção da febre aftosa no Paraná. A exigência foi feita nesta terça-feira (18) em Curitiba durante a Escola de Governo. ?Apesar de toda a solidariedade que o Mato Grosso do Sul merece, precisamos proteger nosso Estado?, afirmou.

continua após a publicidade

Requião defendeu a radicalização das ações no combate à aftosa porque, segundo ele, a iniciativa visa uma fiscalização mais eficiente e solidariedade ao Mato Grosso do Sul. ?Não podemos correr o risco de ter incidência da doença no Paraná, após tantos esforços. Uma nota fria não pode introduzir a febre em aftosa em nosso Estado?, comentou.

Quanto à solidariedade ao Estado vizinho, o Roberto Requião anunciou que o Governo do Paraná vai colocar toda a estrutura e equipamentos da Secretaria da Agricultura à disposição do Mato Grosso do Sul. ?O secretário Orlando Pessuti vai oficializar o repasse dos recursos que vamos receber do Governo Federal ao Mato Grosso do Sul. O Paraná não precisa de migalhas. Precisa, sim, de apoio?, declarou o governador.

A crítica ao atraso da ajuda financeira do Governo Federal foi feita após a afirmação do diretor-geral da Secretaria da Agricultura, Newton Pohl Ribas, de que o Governo Federal vai liberar, nos próximos dias, cerca de R$ 78 milhões em recursos para o combate da aftosa em todo o País. O Paraná receberia R$ 1,5 milhão. ?É muito pouco! Os R$ 78 milhões equivalem ao que Governo do Paraná investe num único programa do Estado, o Leite das Crianças?, disse.

continua após a publicidade

Ribas apresentou os esforços da Secretaria da Agricultura em benefício da segurança alimentar do Estado lembrando que quase 80% da estrutura está voltada para a fiscalização e a defesa agropecuária. Na luta contra aftosa, o diretor-geral pediu a união de todos. ?A Secretaria, sozinha, não vai vencer essa batalha. Precisamos da cooperação de associações e entidades da sociedade civil?, disse.

O diretor-geral da Secretaria da Agricultura destacou as ações do Governo do Estado na prevenção à doença. ?Interditamos as fronteiras. Barramos a entrada de todo tipo de animal proveniente do Mato Grosso do Sul e de outros Estados, como Tocantins, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Sergipe?, disse. Ele lembrou que a proibição também vale para os demais Estados que não estabeleceram restrição ao ingresso de animais do Mato Grosso do Sul.

continua após a publicidade

?Temos mais de 120 técnicos mobilizados nas áreas de divisa com o Estado vizinho?, afirmou. Segundo ele, ainda houve treinamento e capacitação de técnicos, aquisição de equipamentos e 100 veículos, no valor de R$ 3 milhões, a criação do software para rastreabilidade dos animais, além de reuniões com os Conselhos Municipais de Sanidade agropecuária, como o IV Encontro Paranaense dos Conselhos Intermunicipais e Municipais de Sanidade Agropecuária, realizado em Curitiba nesta segunda-feira (17).

Ao destacar os esforços do Governo do Estado na prevenção da aftosa, Ribas lembrou que a Secretaria da Agricultura também é uma certificadora. ?Além da fiscalização, também investimos na prevenção?.