O governador eleito do Paraná, senador Roberto Requião (PMDB), conversa amanhã em São Paulo com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O encontro, segundo informou a assessoria do governador eleito, será no Diretório Nacional do PT e terá como tema a conjuntura nacional. Requião está defendendo o apoio desinteressado do PMDB nacional ao presidente eleito sem a exigência de cargos no governo e ainda a renúncia da atual direção do partido.
Hoje, o senador esteve em Porto Alegre discutindo o assunto com o governador eleito do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), e o senador Pedro Simon (PMDB). Requião quer o apoio das duas lideranças gaúchas para a renovação da direção nacional do partido. Nesta semana, ele vai conversar ainda com o governador eleito de Santa Catarina, o peemdebista Luiz Henrique da Silveira, que apoiou Lula na sucessão presidencial.
O governador eleito do Paraná integra a corrente de peemedebistas que pretende convocar uma convenção nacional para decidir sobre a posição do PMDB em relação ao governo Lula e também sobre a troca da direção nacional. Requião acha que os atuais dirigentes peemedebistas perderam autoridade para continuar comandando o partido. O argumento de Requião é que a atual direção saiu derrotada da eleição porque defendeu o apoio ao senador José Serra (PSDB) para a Presidência da República. Serra perdeu a eleição e a orientação não foi obedecida pela maioria dos diretórios estaduais do PMDB. Em grandes colégios eleitorais como São Paulo, Paraná e Minas Gerais, o PMDB acabou apoiando Luiz Inácio Lula da Silva.
O governador eleito do Paraná lembrou que cresce o consenso, dentro do partido, de que a atual direção nacional deve dar espaço ao novo PMDB que surgiu das urnas e que pede o apoio ao governo Lula.
?Esse PMDB, vitorioso nas eleições, pediu candidatura própria e não apoiou a decisão da cúpula em coligar-se ao candidato tucano. Em praticamente todo o país essa parcela acompanhou Lula já no primeiro turno e quer dar novos rumos ao partido, apoiando de forma incondicional o governo Lula, sem qualquer barganha, ou negociação?, afirmou.