Uma reeleição que se apresentava fácil para o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), pode ser decidida nos votos finais. E talvez se estenda para o segundo turno. A diferença entre Requião e os outros candidatos, contando-se apenas os votos válidos, que no início da campanha ultrapassava os 10 pontos porcentuais e se previa aumentaria com a campanha, foi de 5 pontos na última aferição feita pelo Ibope. Se levar em conta a margem de erro de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos há indicação de segundo turno entre Requião e o senador Osmar Dias (PDT).
Dos 11 candidatos ao governo, quatro receberam mais espaço na mídia e apareceram com números um pouco mais relevantes em pesquisas. Além de Requião, que tinha 47% das intenções de voto no Ibope do dia 22, e Osmar, com 28%, o representante do PPS, o ex-deputado federal Rubens Bueno, apareceu com 8%, e o do PT, o senador Flávio Arns, com 6%. Depois dessa sondagem, o PMDB saiu às ruas com o grito de que a vitória viria em primeiro turno, enquanto os outros passaram a acreditar que é possível esticar a disputa por mais um mês. Até Bueno e Arns passaram a acalentar o sonho de serem eles os eleitos.
"São quatro candidatos de peso", analisou o cientista político e professor da Universidade Federal do Paraná, Ricardo Oliveira. "O Requião com a força de seu governo e os outros três muito bem organizados." Osmar e Bueno apresentam discursos mais hostis e críticos, enquanto Arns navega no prestígio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Há possibilidade de vitória no primeiro turno, o que será definido pelos indecisos", disse Oliveira. "Requião sempre foi candidato de chegada.