O governador Roberto Requião esteve nesta terça-feira (4) na província argentina de Córdoba, onde discutiu com o governador José Manoel de la Sota estratégias para aumentar os negócios bilaterais. Em uma reunião de mais de duas horas na sede do governo de Córdoba, os dois governadores trataram ainda de assuntos relacionados ao Mercosul e do interesse das empresas da província argentina em investir no Paraná. Além do governador Requião, participou do encontro o secretário de Relações Internacionais do Paraná, Jacir Bergmann II.
Os dois governadores examinaram dados da balança comercial entre os dois estados, oportunidade em que Requião lembrou que tem buscado ampliar as relações comerciais com os países vizinhos e que já liderou uma missão comercial a Córdoba.
Segundo o coordenador de Assuntos do Mercosul da Secretaria da Indústria e Comércio, Santiago Gallo, o resultado imediato da reunião dessa terça-feira em Córdoba será a realização de uma missão de empresários da província Argentina ao Paraná, nos dias 25 e 26 de julho. ?Essa será a quarta missão empresarial em quatro anos de governo?, ressaltou Gallo. Nessa próxima missão, segundo ele, a novidade deve ser o interesse em criar empresas binacionais.
Parceria
A aproximação entre o Paraná e Córdoba começou já no primeiro ano do governo Requião. Em 2003, De la Sota liderou uma missão empresarial ao Paraná. O grupo de empresários era composto por representantes dos setores de alimentos, autopeças e fundição de aço. ?Muitos dos 21 grandes, pequenos e médios empresários que desembarcaram no Paraná já chegaram fazendo contato com empresários paranaenses?, disse De la Sota.
O governador Roberto Requião considera que a Argentina é estratégica para o Paraná. ?É o nosso principal parceiro no Mercosul. Dos dez principais produtos vendidos pelo Paraná para a Argentina, oito são industrializados, caracterizando exportações de alto valor agregado?, afirma o governador. ?Vendemos automóveis, máquinas e colheitadeiras, acessórios e motores. Hoje a Argentina já ocupa cerca de 9% de nossas exportações?.