O governador Roberto Requião assinou nesta quarta-feira a ordem de serviço para a construção do Centro de Detenção e Ressocialização de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. O local vai abrigar 600 presos provisórios, 264 condenados e 96 em regime especial. "Estamos investindo um terço do valor gasto por unidades semelhantes pelo governo que me antecedeu", afirmou o governador.
Também assinaram o documento o prefeito do município, Gabriel Jorge Samaha (Gabão), e os secretários de Estado de Obras Públicas, Luiz Dernizo Caron, e da Justiça e da Cidadania, Aldo Parzianello. Também estavam presentes o chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, e o secretário de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.
O Centro de Detenção e Ressocialização de Piraquara vai ser construído próximo à Colônia Penal Agrícola. A obra vai custar aproximadamente R$ 11,5 milhões e deve ser concluída em 300 dias. O custo por vaga é de cerca de R$ 11 mil, o que significa um valor muito abaixo do praticado pelo governo anterior, que chegou a pagar R$ 31 mil por vaga nas cadeias industriais.
Ampliação
Na próxima sexta-feira, o governador Roberto Requião assina outras duas ordens de serviço para as obras dos centros de detenção de Londrina e de Cascavel, planejadas nos mesmos moldes da unidade de Piraquara. "Esse é mais um compromisso cumprido pelo governo do Estado, que quer minimizar o problema da superlotação carcerária das cadeias públicas do Paraná", afirmou o secretário da Justiça Aldo Parzianello.
Os centros de Detenção e Ressocialização, segundo José Carlos Moro Scheffer, engenheiro do Departamento Penitenciário, foram planejados com uma concepção diferente da tradicionalmente aplicada em penitenciárias. Têm uma estrutura física mais compacta, resultando em um custo menor do que o custo das unidades convencionais.
Os novos centros são compostos por setores de saúde, canteiro de trabalhos, salas de aula, pátios com áreas isoladas para presos provisórios e para os condenados, e alas com espaços alternativos para presos especiais. A Secretaria da Justiça estima que até o fim deste ano sejam abertas cerca de 7 mil vagas no Sistema Penitenciário do Paraná. "Essas medidas revolucionam o sistema do Estado, que praticamente dobrou o número de vagas em apenas dois anos de governo", concluiu Parzianello.
