Representantes do mercado financeiro apostam em redução de juros e gastos

São Paulo – Representantes de entidades que atuam no mercado financeiro consideram que, no segundo governo Lula, o crescimento da economia nacional estará vinculado à diminuição da taxa de juros e à redução de gastos.

?É preciso a queda vertiginosa dos juros a um nível internacional e o corte profundo nos gastos públicos. Em primeiro lugar está [o corte da] Previdência Social?, disse o presidente da Associação Brasileira das Companhias de Capital Aberto (Abrasca), Alfried Karl Plöger, em entrevista nesta segunda-feira (30) à Agência Brasil.

Ele criticou o ?excesso? de gastos com pequenos municípios, com ministérios e com a folha de pagamento de funcionários públicos durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. ?Se isso não for atacado a curto prazo, o Estado estoura, pois não tem como sustentar isso?.

Em relação aos gastos públicos, o presidente do Sindicato dos Servidores do Banco Central de São Paulo, Daro Piffer, diz que a instituição continuará a atuar como ?protagonista?. ?Se permanecer esse cenário econômico melhorado, haverá mais oportunidade de o Ministério da Fazenda atuar com políticas desenvolvimentistas?.

As expectativas de Plöger para os próximos quatro anos são de mudança. ?Quer queira quer não, isso vai ter que mudar. Acho que pelo próprio fato de o Lula não poder ser reeleito novamente", avaliou. "No segundo mandato, você terá mais ousadia  e mais coragem [para diminuir juros e carga tributária]?, disse.

Essa idéia é compartilhada por Piffer, que analisa as próximas mudanças como uma continuidade da política de queda de juros. ?A gente acredita que essa política de diminuição de juros permaneça, inclusive para gerar crescimento. Quando os juros diminuem, o governo economiza?.

Já Silvana Mendes Campos, diretora do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal em São Paulo (Unafisco), afirma que a ?gordura? que impede o crescimento da economia está nos ?juros da dívida pública interna e externa?.

Campos defende que não se pode falar em reforma tributária ou em outros tipos de corte antes de uma ?auditoria e renegociação responsável sobre a dívida pública? ser realizada.

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