Finalmente saiu o nome do relator de um dos quatro processos pendentes no Conselho de Ética do Senado, contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente da instituição. Trata-se do senador amazonense Jefferson Peres (PDT), que aceitou a incumbência e deve concluir o trabalho até o dia 2 de novembro.

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O processo em questão vai examinar todos os pormenores, documentos e depoimentos sobre a suposta compra feita pelo senador Renan Calheiros de veículos de comunicação social – jornal e emissoras de rádio – no Estado de Alagoas. A aquisição teria sido levada a efeito pelo presidente do Senado em sociedade com o usineiro João Lyra.

As complicações de Renan se avolumaram quando foram revelados os indícios de que o homem público (que não podia figurar na sociedade) valeu-se de laranjas para concretizar sua participação no empreendimento.

Projetar uma luz meridiana sobre mais esse capítulo da tragicomédia protagonizada por Renan Calheiros é o alvo precípuo do senador Jefferson Peres, uma das vozes mais acatadas no Senado e defensor conspícuo da tese que o senador alagoano perdeu a autoridade moral para seguir presidindo a Casa.

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Nesse aspecto, o isolamento imposto sobre o político alagoano já é uma realidade amarga. Em rota de colisão com os senadores Aloizio Mercadante, Eduardo Suplicy e Tião Viana, que pedem seu afastamento da presidência, Renan corre o risco de perder o auxílio da senadora Ideli Salvatti.

Nem a renúncia, único meio de sustar a cassação, dará a Renan a condição de afirmar ter praticado um ato de grandeza.

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