A mulher do empresário Marcos Valério de Souza Fernandes, Renilda Santiago
Fernandes, iniciou há pouco o seu depoimento na CPI dos Correios alegando que
nunca participou e nem freqüentou as agências de publicidade do marido (SMPB e
DNA), embora seja sócia majoritária das empresas. "Se me perguntarem que cor tem
o tapete da DNA, não sei dizer, porque não freqüento a empresa", disse. Ela
citou ainda o depoimento da ex-secretária de Valério, Fernanda Karina Somaggio,
para reforçar sua declaração.

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"A Fernanda Karina disse aqui mesmo, na
CPI, que nunca me viu lá nas empresas", afirmou. Ela disse que por confiar e
amar o seu marido passou uma procuração de confiança para que ele administrasse
as agências. Renilda negou, também, que na semana passada tenha tentado sacar R$
1,8 milhão em sua conta corrente no Bank Boston. Segundo ela, sua conta tem sido
monitorada há 25 dias e qualquer tipo de pagamento de conta necessita ser
aprovada previamente pela gerência do banco. Renilda relatou que na última
terça-feira a gerente do Bank Boston a informou que o banco não teria mais
interesse em mantê-la como cliente e requisitou que ela fizesse a transferência
de recursos para outra instituição.

Por sua vez, Renilda disse ter
respondido ao banco que só poderia transferir os recursos se a instituição
fizesse uma comunicação formal sobre o desinteresse em mantê-la como cliente.
"No mesmo dia que eu fiz esse comunicado ao Bank Boston foi noticiada a minha
tentativa de saque de R$ 1,8 milhão, que no dia seguinte falaram ter R$ 2
milhões e que eu fugiria do País. Isso nunca existiu", declarou. Segundo
Renilda, em nota, o Bank Boston chegou a confirmar que em nenhum momento ela
tentou sacar o dinheiro da conta. "Agora, a minha conta está totalmente
bloqueada", afirmou. Neste momento, Renilda está sendo indagada pelo relator da
CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).

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