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  Foto: Aliocha Maurício

O resultado foi o maior da série histórica, totalizando R$ 22,5 bilhões.

Rio de Janeiro – A alta de 7,7% do rendimento médio real da população brasileira ocupada, registrada na comparação dos resultados de fevereiro de 2007 com igual mês de 2006, foi a maior já calculada desde 2002 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado surpreendeu os pesquisadores do órgão e foi o maior da série histórica, totalizando R$ 22,5 bilhões.

O gerente da Pesquisa Mensal de Empregos (PME), Cimar Azeredo, disse que o aumento recorde de 7,7% nos rendimentos da população ocupada ao ano nas seis maiores regiões metropolitanas do país, assim como a alta de 5% nos rendimentos na comparação entre março deste ano e março de 2006, "mostra um dado que a gente já esperava, mas que de certo modo suplantou a expectativa".

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"É um resultado muito bom e que aumenta na formalização [emprego com carteira assinada], aumenta na qualidade do emprego e, conseqüentemente, vem se refletir no rendimento. A massa de rendimento, pela primeira vez calculada com base na PME, mostra um resultado estável no mês, mas um bom desempenho no ano de 7,7% , R$ 22,5 bilhões", explicou.

De acordo com Cimar Azeredo, o cálculo da massa do rendimento real efetivo com base na Pesquisa Mensal de Emprego foi possível depois que ocorreu um aprimoramento no sistema usado. Ele disse que a nova metodologia permite calcular o rendimento de quem não respondeu à pesquisa, o que antes entrava como "valor ignorado".

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Os resultados, ainda segundo Azevedo, apontam, também, para uma elevação do consumo. "O mercado consumidor brasileiro está consolidando uma tendência de dinamismo, que vem sendo observada. Desde a comparação entre os anos de
2003-2004, 2004-2005 e 2005-2006 a gente vem mostrando o aumento da massa de rendimento", disse.