Depois de sete anos consecutivos de queda, o rendimento do trabalhador brasileiro ficou estável em 2004. A interrupção da queda, no entanto, não foi suficiente para a recuperação das perdas, que já somam 18,8% desde 1996. Naquele ano, o salário médio mensal era de R$ 903,00 e hoje é de R$ 730,00. As informações constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – 2004 (PNAD), divulgada hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo mostra que a partir de 1996 a estabilidade econômica fez com que os trabalhadores com salários mais baixos tivessem ganhos reais superiores aos que tinham rendimentos maiores. De 2003 para 2004, os 50% de pessoas ocupadas com as menores remunerações de trabalho tiveram ganho real de 3,2%, enquanto os 50% com os maiores rendimentos apresentaram perda real de 0,6%.
Em 2004, 27,6% dos trabalhadores ganhavam até um salário mínimo, enquanto 0,9% recebia mais de 20 salários mínimos. Regionalmente, os menores salários estavam concentrados no Nordeste e a região sul tinha os menores percentuais de concentração.
As mulheres continuam com salários mais baixos do que os homens. Em 2004, elas ganhavam 69,5% do que recebiam os homens. A diferença é maior entre aqueles que trabalham por conta própria (65,1%) e menor entre os empregadores (89,2%).
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