A Renault deve ter lucro no Brasil somente em 2006, afirmou o presidente da subsidiária, Pierre Poupel, hoje, durante o Salão do Automóvel. A montadora, segundo ele, tem tido prejuízos e sua fábrica de São José dos Pinhais inda é muito ociosa. Mas já no ano que vem a ociosidade (de até 60%) deve diminuir com o início da produção do novo Mégane Sedan no País, o terceiro modelo da marca depois do Scénic e do Clio.
Para isso, a empresa investirá cerca de US$ 65 milhões. Serão fabricados cerca de 25 mil unidades voltadas ao mercado interno e para abastecer os países da América do Sul. O carro, que foi apresentado oficialmente hoje, terá o motor 1.6 bicombustível (movido a álcool e gasolina) e 2.0 a gasolina. Seu preço não está definido, mas deve ser em torno de R$ 50 mil. Poupel afirmou que são necessários 500 novos funcionários para produzir o novo carro, mas não garante que este será o número de empregos gerados porque a empresa pretende aproveitar vagas já existentes.
O motor flexível (ou flex), produzido com tecnologia Renault e participação da Siemens, também vai equipar o Clio 1.6 (Clio Hi-Flex), prometido para chegar às concessionárias em 5 de novembro. A empresa informa que o motor tem 80% de nacionalização de co mponentes.
A Renault também vai produzir o modelo popular Logan no Brasil em 2007. Mas Poupel afirma que o Clio continuará a ser fabricado. O mercado especula que o Clio sairá de linha após a chegada do Logan, que é produzido na Romênia em parceria entre a Renault e a Dacia.
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