Renan pede apoio ao PDT para reeleição no Senado

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu nesta segunda-feira (27) apoio do PDT para sua reeleição ao comando da Casa. Em conversa com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que se reunirá amanhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Renan fez o primeiro gesto em direção à oposição. O PFL ameaça tumultuar o processo e os planos do peemedebista com o lançamento da candidatura do senador José Agripino (PFL-RN), que teria o apoio dos partidos de oposição.

A bancada do PDT tem quatro senadores. Mas, a partir de fevereiro, ganhará mais um, o baiano João Durval. Em compensação perderá o senador Augusto Botelho (RR), que deve se filiar ao PT. A maioria da bancada – os senadores Osmar Dias, Jefferson Peres (AM) e Cristovam Buarque – é afinada com a oposição. João Durval deve se alinhar ao grupo governista, já que foi eleito com o apoio do PT e de Lula.

O encontro de Renan Calheiros com Carlos Lupi, com a presença de Cristovam, precede a reunião de Lupi e líderes pedetistas com Lula, marcada para 10 horas, no Palácio do Planalto. "Vou ficar rouco de tanto ouvir", disse Lupi, preferindo não antecipar se o partido vai aderir ao governo. "Estou indo de coração aberto para ouvir do presidente o que ele deseja no eventual governo de coalizão", prosseguiu.

Caso Lula faça algum convite para o PDT se inserir no governo de coalizão, Lupi disse que convocará o partido para examinar a proposta. Na sua opinião, o presidente está agindo de modo diferente desta vez, ao procurar institucionalmente os partidos. Ao que o senador Cristovam discorda: "O presidente pode até mudar, mas eu não confio nisso". O senador acredita que o diretório nacional do partido não aceitará participar do governo mas concorda que o comando nacional não poderia recusar o pedido de conversa formulado por Lula.

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