Brasília ? Os presidentes da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), definiram hoje (29) a pauta de votações das duas Casas até o final do ano. Calheiros afirmou que a agenda ainda será discutida com os líderes partidários. "Tudo isso pode e deve ser votado até o final do ano. Essa é uma tentativa de resgatar o tempo perdido, para resgatar pontos que foram atropelados pela crise política". Para Calheiros, "a inação do governo fez com que se perdesse a perspectiva da necessidade de tramitação das matérias de interesse do país".

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Na agenda da Câmara dos Deputados estão previstas a apreciação e votação das reformas política e tributária, dos projetos para Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas e Pré-Empresa, criação da Timemania, criação do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), criação da Receita Federal do Brasil, criação do Estatuto da Igualdade Racial, além de medidas contra a violência doméstica.

No Senado, deverão entrar na pauta de votações o marco regulatório do gás natural, análise de condições para pagamento dos precatórios, criação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), projeto de lei de Gestão Florestal, e mudanças no Código de Processo Civil, entre outros.

As duas Casas também decidiram criar amanhã (30) uma comissão para elaborar a política de valorização do salário mínimo. Segundo o presidente do Senado, os integrantes da comissão serão anunciados durante a visita dos líderes das principais centrais sindicais ao Congresso. "Essa é uma resposta para que tenhamos, num curtíssimo espaço de tempo, uma Política Nacional de Salário Mínimo", afirmou.

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Além disso, segundo Renan, haverá uma comissão para sistematizar todos os projetos de segurança pública que tramitam na Câmara e no Senado e os parlamentares deverão votar as propostas "em caráter de urgência urgentíssima". A comissão é formada pelos senadores Ramez Tebet (PMDB-MS), César Borges (PFL-BA), e pelos deputados Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) e Alberto Fraga (PFL-DF).