Brasília ? O presidente da República em exercício, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje (11) que é solidário ao comportamento adotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante da nacionalização das reservas de gás e petróleo bolivianas.

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"Isso é uma questão de Estado, não é uma questão política menor, superficial. Eu não tenho outra coisa a fazer do que ser solidário com a condução do presidente da República", afirmou.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, declarou hoje, em Viena, na Áustria, que a Petrobras operou de forma ilegal em seu país e que tentou avisar o presidente Lula sobre o decreto de nacionalização, mas foi impedido por auxiliares de Lula. Morales e o presidente brasileiro participarão da 4ª Cimeira União Européia ? América Latina e Caribe, que ocorre na capital austríaca.

Renan participou, como presidente interino da República, da sessão especial em homenagem aos 180 anos do Senado Federal. Em seu discurso no plenário da Casa, o senador relembrou palavras do ex-presidente do Senado, José Sarney, de que a transparência, moralidade e eficiência devem nortear a atuação dos parlamentares.

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"Um alerta que, mais do que nunca, se faz atual, diante da crise em que nos vemos mergulhados há quase um ano", disse . "É com orgulho que reafirmamos, nesta data, a solidez de nossa democracia, que em qualquer momento foi abalada, mesmo com a avalanche de denúncias que surpreenderam e indignaram o país".

Renan voltou a criticar o excesso de medidas provisórias enviadas pelo Executivo ao Congresso Nacional. "Apesar do abuso na edição das medidas provisórias, que trancaram 65% de nossas sessões no ano passado, limpamos toda a pauta de votação e apreciamos mais de 2,8 mil iniciativas".

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O senador assume a presidência da República pela segunda vez, devido à viagem de Lula a Viena. A primeira vez foi no dia quatro deste mês, quando Lula viajou para a Argentina.