São Paulo ? O presidente do Senado e do Congresso, Renan Calheiros, disse que não considera que haja interferência do poder judiciário no legislativo, em razão do julgamento no Supremo Tribunal Federal de questões constitucionais a respeito do processo do deputado e ex-ministro José Dirceu na Câmara.
"Eu não considero interferência, porque o Supremo está cumprindo o seu papel. Quando o Supremo mandou instalar a CPI dos Bingos, ninguém entendeu como interferência, entendeu como um direito da minoria", disse o presidente do Congresso.
Renan Calheiros informou que na próxima semana deverá discutir com o presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo, uma agenda de prioridades para o Congresso. Ele citou como exemplo "a Lei Geral da Pequena e Micro Empresa, o aprofundamento do marco regulatório, sobretudo do saneamento, a reforma política e a reforma tributária; ambas já foram votadas no Senado e não tiveram tramitação concluída na Câmara". Sobre o trâmite no Senado, ele citou "a questão dos precatórios e avançar nos rumos da desburocratização".
Calheiros disse que será o fator de ponderação: "Vou trabalhar para minimizar a crise, para tornar mais harmônica a relação com os outros poderes".
O presidente do congresso falou à imprensa em São Paulo após ser condecorado em cerimônia na 21ª Assembléia Ordinária do Parlamento Latino-Americano (Parlatino).