O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quinta-feira (9) que enquanto for presidente da Casa "a livre e soberana palavra dos senadores não sofrerá qualquer restrição". A declaração de Calheiros foi uma resposta ao senador Almeida Lima (PMDB-SE), que subiu à tribuna ontem para denunciar que o próprio Senado estaria realizando um estudo com o objetivo de acabar com a transmissão ao vivo das sessões plenárias, sob a alegação de que há pouca audiência nos programas transmitidos ao vivo.

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"Não podemos retroceder. Vejo nisto uma manobra contra a democracia e a liberdade do Parlamento", protestou Almeida Lima. "Não sou, nem nunca fui, adepto de qualquer gesto que limite a liberdade de expressão", respondeu o presidente do Senado, Renan que negou qualquer estudo do tipo.

Em seu discurso, Almeida Lima não quis citar quem lhe dera a informação sobre o estudo, mas o diretor da Secretaria de Comunicação Social do Senado, Armando Rollemberg, diz que a notícia sobre o estudo, que na realidade não existe e jamais existiu, foi produto da interpretação equivocada de uma conversa que o senador teve com ele mesmo. Atualmente, têm acesso à TV Senado os assinantes da NET, da MTV e da Sky.

Por isto mesmo, a grande meta da gestão do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) é ampliar o acesso ao canal do Senado na programação regular da TV aberta. Na gestão anterior do presidente José Sarney (PMDB-AP), o ministério das Comunicações autorizou a inauguração de canais do Senado em cinco capitais. Renan consegui ampliar a concessão para outras sete. Mas a inauguração desses canais só vai começar na semana que vem. O primeiro deles será em Salvador, no dia 20. Em dezembro, Renan espera repetir o feito em Manaus e Recife e, em seguida, em Fortaleza, Rio de Janeiro e João Pessoa.

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