Removendo o dique

O presidente Lula e o deputado Severino Cavalcanti encontraram-se dia desses, no Palácio do Planalto, e juntos degustaram o café da manhã. O encontro serviu, entre outras coisas, para selar o acordo de apressar a votação da Reforma Tributária. O presidente da Câmara prometeu que a matéria será votada na próxima semana.

Entre uma e outra fatia de queijo mineiro, um gole de café (que Lula admite ser um vício do qual não largará jamais) e uma torrada coberta de geléia, Lula e Severino abordaram também a questão das medidas provisórias.

Leu-se nas folhas que o presidente da República assumiu o compromisso de ser parcimonioso na remessa desses torpedos à Câmara dos Deputados, hoje poderoso dique a represar a discussão e votação de tantos outros projetos, bem mais importantes, que tramitam na Casa.

Severino saiu do palácio com a certeza da desobstrução da pauta de votações e do início de um período de intensa produção por parte dos deputados federais. Ele havia proclamado há poucos dias a impressão de virtual fechamento imposto à Câmara pelo crescente número de MPs remetidas pelo Planalto.

A reclamação parece ter surtido o efeito desejado e Lula prometeu maneirar na utilização da caneta. Severino ganhou o dia e também a eleição dos representantes da Câmara nos conselhos da Justiça e Ministério Público, aplicando mais um rapapé no presidente.

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