Remédios e planos de saúde puxam inflação para população idosa

O Índice de Preços ao Consumidor da 3ª Idade (IPC-3i), divulgado ontem (12) pela Fundação Getúlio Vargas, indicou que os planos de saúde e remédios foram os principais responsáveis pela alta de 226,14% apurada entre as famílias com pessoas de mais de 60 anos, entre agosto de 1994 e dezembro de 2004. Para o restante da população, o reajuste médio foi de 176,51. No primeiro trimestre de 2005, a inflação medida pelo índice subiu 1,79%.

O Chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, afirma que o grupo Serviços, envolve principalmente gastos com plano de saúde e tarifas, e pesam mais sobre o orçamento de pessoas idosas. Nesse sentido, ele destaca a política de distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de remédios para hipertensos e pacientes com doenças cardíacas.

O Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI) também decidiu encaminhar moção à Câmara dos Deputados no próximo dia 14 pedindo que o reajuste das pensões e aposentadorias seja o mesmo do salário mínimo.

Para o presidente da Associação de Aposentados e Pensionistas da Caixa Econômica Federal no Rio de Janeiro, Olívio Gomes Vieira, a pesquisa sobre a inflação para a terceira idade aponta a alta abusiva dos preços de planos de saúde e medicamentos. "É como se estivessem transferindo o ônus até na falta de poder aquisitivo das pessoas de menor idade para aqueles que tiveram um passado". 

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