Remédios contra anemia e hepatites B e C poderão ser produzidos no Paraná

O governador Roberto Requião autorizou o prosseguimento do projeto que prevê a transferência de tecnologia canadense para a produção de medicamentos contra hepatite, tipo B e C, e contra anemia.

O acordo foi apresentado ao governador, nesta terça-feira, pelos secretários da Saúde, Cláudio Xavier, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldair Rizzi, e pelo diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Mariano de Matos Macedo. Participaram da reunião representantes da indústria de medicamentos Prometic, sediada em Quebéc.

O vice-presidente da empresa canadense, Vicent Taillefer, depois de visitar o Tecpar, na segunda-feira, propôs ao governo do Estado a parceria para a produção dos remédios Interferon, para os dois tipos de hepatite, e Eritropoetina, para anemia. Para ele, o Paraná foi escolhido para o investimento por possuir um instituto de boa qualidade e excelente tecnologia.

?Com isto, estes medicamentos terão uma colocação no mercado muito mais rápida, pois o Tecpar tem experiência e equipamentos para a sua produção?, comentou.

Parcerias

A iniciativa da parceria com empresas canadenses surgiu há um ano e meio, quando representantes do governo do Estado visitaram o Canadá e firmaram convênios de cooperação mútua. ?A partir daí, foi realizado uma missão da Saúde para troca de informações, especialmente na área de reabilitação de deficientes e na de tecnologia de medicamentos?, explicou o secretário Xavier.

Segundo ele, também foi estabelecida uma parceria entre a Prometic e o Tecpar e, agora, esta proposta dos medicamentos vai ser levada ao Ministério da Saúde, uma vez que o objetivo é atender a demanda de todo o país. ?Um dos principais benefícios é reduzir os preços destes medicamentos e trazer esta tecnologia para o Sistema Único de Saúde?, contou Xavier.

Transferência

O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior conta que não só o Paraná como o Brasil possui uma grande dependência de tecnologia na área da saúde, por isso a extrema importância deste projeto. ?Estamos num processo inicial. Agora, a equipe técnica vai se reunir e produzir todo o plano de negócios para possibilitar esta transferência de tecnologia?, disse ele.

De acordo com o diretor presidente do Tecpar, a previsão é que, em 17 meses, estes medicamentos estejam no mercado. ?Considerando a possibilidade de entendimento com o Ministério da Saúde que é o grande regulador da produção deste tipo de medicamento no Brasil?, completou.

Para Mariano, outra vantagem, além do barateamento de remédios, hoje importados, é a aprendizagem de técnicos paranaenses. ?É uma iniciativa importante, pois é uma produção de medicamentos de alta complexidade tecnológica?, finalizou o diretor-presidente da Tecpar.

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