São Paulo – Toda a rede pública de saúde deverá oferecer, gratuitamente, medicamento utilizado para salvar a vida de bebês prematuros. O Instituto Butantan vai aumentar a produção das atuais 4 mil doses para 200 mil doses anuais do medicamento surfactante pulmonar. O secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, fez o anúncio durante a solenidade comemorativa dos 105 anos de fundação do Instituto Butantan.
Como parte do evento comemorativo, foi assinado um acordo entre o Instituto e uma empresa do setor privado para transformar a fabricação experimental que ocorre desde 1999, em produção de larga escala. O medicamento é fabricado a partir da extração de uma substância do pulmão de suínos, que é congelada a menos de 20 graus centígrados. Dados do ministério da Saúde indicam que 63 mil bebês podem adquirir a Síndrome do Desconforto Pulmonar, problema que atinge 30% dos prematuros. Trata-se dos casos em que o pulmão ainda não se desenvolveu completamente, dificultando a respiração da criança.
De acordo com o diretor-presidente do Instituto Butantan, Isaias Raw, se o bebê nasce com esse problema, necessita receber a dose do medicamento na hora para evitar a sua morte. Ele informou ainda que o alto custo, em torno de R$ 700, inviabiliza o acesso. Com a produção ampliada do Instituto, a previsão é reduzir esse preço pela metade.