Relatório pode gerar multas por vazamento de óleo após acidente de trem no RJ

A Fundação de Engenharia do Meio Ambiente (Feema) enviou hoje à Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca) relatório técnico sobre o impacto ambiental causado pelo derramamento de óleo no Rio Caceribu. O relatório será examinado pela Ceca, que poderá tomar outras medidas sobre o caso, inclusive novas multas aos responsáveis pelo acidente.

O vazamento resultou do descarrilamento de um trem, cujos vagões carregavam pelo menos 60 mil litros de óleo diesel, no município de Itaboraí, há dois dias. O óleo atingiu também manguezais da Área de Proteção Ambiental de Guapimirim e a Baía de Guanabara. Já foram aplicadas duas multas à Ferrovia Centro Altântica, responsável pelo transporte do produto, totalizando R$ 5 milhões de reais.

O trabalho de monitoramento do óleo continua sendo realizado, como também as ações de contenção do produto por equipes da Feema, da Comissão Estadual de Controle Ambiental e do Ibama.

O diretor de Planejamento Ambiental da Feema, João Eustáquio, disse hoje em entrevista à Rádio Nacional do Rio de Janeiro que o estado pode até pedir reparação por danos causados ao meio ambiente e à população. Mas, avaliou que "o óleo é fino e não vai se agarrar as raízes das plantas dos manguezais". Segundo ele, o vazamento danificou o rio e seus afluentes, onde barreiras foram colocadas, e ainda pode matar peixes e caranguejos. João Eustáquio disse ainda que a decisão do Ibama de proibir a pesca na área é acertada. "O óleo chegou à Baía de Guanabara, que está se recuperando, e, apesar de ser sempre agredida, sempre dá a volta por cima."

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