Dentro de quinze dias o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), relator da CPMI dos Correios, deverá apresentar um novo relatório parcial das investigações realizadas até agora.

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O relator adianta que não há provas da existência de mensalão com datas marcadas para o pagamento e tampouco periodicidade prefixada. Em contrapartida, pretende reafirmar a convicção quanto ao trânsito de volumosas quantias em contas bancárias das quais se abasteceram deputados ou assessores credenciados, alguns mais de uma vez.

As coincidências entre as migrações de parlamentares para as legendas de apoio ao governo e a véspera de votações importantes no Congresso com os saques bancários, na visão de Serraglio, indicam a ocorrência de pagamentos sistemáticos próximos dos R$ 30 mil referidos pelo ex-deputado Roberto Jefferson.

A novidade do relatório parcial será a inclusão do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), cuja campanha de 1998 para o governo de Minas recebeu reforço financeiro de R$ 2,5 milhões providenciados pelo publicitário Marcos Valério de Souza. O valor não apareceu na prestação de contas à Justiça Eleitoral.

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Contudo, o relator está sendo pressionado a amaciar a questão em troca da não-citação do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), cuja campanha foi paga a Duda Mendonça -também – por baixo do pano.