Brasília ? Antes do final da investigação da Polícia Federal que concluiu pela autenticidade da lista de Furnas, o relatório final da CPI dos Correios foi aprovado com o pedido de indiciamento de duas pessoas, o lobbista Nilton Monteiro e o assessor da prefeitura de Belo Horizonte Luiz Fernando Carceroni. O documento da CPI registra que no que se refere à lista, "restou comprovado que se trata de uma falsificação". Por isso, sugere o indiciamento dos dois envolvidos por calúnia, falsidade de selo ou sinal público e falsidade ideológica, mas nenhum indiciamento dos nomes dos parlamentares citados.

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O próprio ex-diretor de Funas Dimas Toledo desmetiu a versão de Nilton Monteiro, que agora continua sendo investigada pela Polícia Federal. Como a CPI já foi encerrada não há possibilidade de alterações no relatório. "A história eu inclui no relatório. A Polícia Federal na época informou que não tinha dados para dizer que o documento era verdadeiro, porque era uma fotocópia. A Polícia Federal não deu garantia que o documento era verdadeiro. Agora, a CPI não pode fazer mais nada porque já encerrou os trabalhos", explica o relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).

Já o deputado Maurício Rands (PT-PE), sub-relator da CPI, critica a posição final do trabalho de investigação parlamentar sobre o assunto. "Isso vem ratificar a posição da bancada do PT durante a CPI de que as investigações deveriam ser feitas em todas as frentes. O trabalho já foi concluido e aí não se pode fazer mais nada. Porém, o Ministério Público, a partir da perícia da Polícia Federal, ao lado de outras provas que venha a coletar ou que a Polícia Federal ofereça, pode propor a ação penal competente e pode também remeter ao Congresso Nacional se assim entender", acredita.

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