O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas da Câmara Federal, deputado Paulo Pimenta, iniciou hoje (16), em Porto Alegre, os contatos com a Polícia Federal, Polícia Civil e Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, preparando a instalação dos trabalhos da CPI no estado, nos dias dois e três de junho.
Pimenta teve uma audiência com o presidente da Assembléia Legislativa, Irandir Pietrowski, acertando a parceria para a colaboração dos deputados gaúchos e criação da estrutura, visando o sucesso dos trabalhos da CPI no estado. Ele adiantou que, durante a semana, visitará as cinco fábricas de armas existentes no estado: "das seis fábricas de armas existentes no Brasil, cinco estão aqui no Rio Grande. Faremos um inspeção de reconhecimento do processo de fabricação, identificação das armas, controle e todas as informações que nos possam ser úteis", disse deputado.
Na quarta-feira, Paulo Pimenta visitará Santana do Livramento, cidade que faz divisa com o Uruguai e um dos principais pontos de contrabando e venda irregular de armas no país. O deputado explica que a legislação uruguaia é muito branda no que se refere à comercialização de armas e a lei que existe não é cumprida.
"Os trabalhos da Comissão deverão se concentrar na fronteira com a Argentina e, principalmente, com o Uruguai", afirma Pimenta.
O estado do RS foi escolhido para as primeiras diligências da comissão por ser considerado uma das principais portas de entrada de armas ilegais no país. Hoje, a CPI completa dois meses de funcionamento. Nesse período, fez 17 reuniões para aprovação de requerimentos e promoveu audiências com convidados e testemunhas.