Relator da CPI avalia que houve uma “orquestração inteligente” de Valério

O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse que o empresário Marcos Valério, apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como responsável pelo pagamento de mesadas a parlamentares, fez uma "orquestração inteligente" ao depor na semana passada na Procuradoria Geral da República. Segundo Serraglio não disse muita coisa, mas citou o nome de dois parlamentares, o que seria motivo suficiente para altera a competência das investigações para o Supremo Tribunal Federal.

No dia seguinte, ainda segundo o relator, Valério entrou na justiça em Belo Horizonte dizendo que o juiz não tinha competência para fazer a investigação devido ao suposto envolvimento de parlamentares. "O que aconteceu: hoje Ministério Público estadual de Minas não investiga, Polícia Federal de Minas não investiga, ninguém mais investiga. Veio tudo para cá. Foi mais uma prática muito inteligente", afirmou.

O histórico das mudanças na competência das investigações começou quando a Polícia Federal buscou informações na Justiça Federal em Minas Gerais sobre os saques efetuados nas contas de Marcos Valério no Banco Rural. O juiz Jorge Macedo reteve o inquérito da PF e, no dia 19 de julho, decidiu enviar todos os documentos ao Supremo Tribunal Federal (Leia mais em STF comandará investigações da Polícia Federal sobre supostas mesadas a parlamentares).

No dia 20, o juiz Jorge Macedo justificou sua decisão dizendo que as provas da investigação, segundo ele, evidenciavam "a constatação da possível participação de pessoas que possuem foro prerrogativo de função". Com isso, o STF era o responsável pelas investigações policiais do caso. A Polícia Federal só faria diligências e análises sob ordens do Supremo.

A Procuradoria Geral da República solicitou novas investigações sobre o caso ao STF, que autorizou a abertura de inquérito. Agora, a Polícia Federal investiga as pessoas que fizeram os saques nas contas bancárias de Marcos Valério no Banco Rural. Os documentos também foram remetidos para a CPI dos Correios e toda a investigação passou a ser feita em âmbito federal.

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