O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), considerou "decepcionante" o depoimento da gerente financeira da agência SMP&B, Simone Vasconcelos.
Na opinião de Serraglio, a gerente financeira da SMP&B segue a mesma linha de raciocínio do empresário mineiro Marcos Valério de Souza. "O que mais precisamos é saber a fonte dos recursos. Ela está jogando tudo para os empréstimos bancários", disse o relator.
Ele acrescentou que existe "um enorme abismo entre o que ela fala e os documentos que estão de posse da CPMI". Segundo o relator, Simone Vasconcelos não reconheceu uma movimentação financeira da SMP&B nos últimos cinco anos que chegou a R$ 600 milhões.
O subrelator de movimentação financeira da CPMI, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), afirmou que, se a gerente da SMP&B não revelar a origem do dinheiro que repassava aos parlamentares, responderá por crime de sonegação fiscal. "Todos os que sacaram na boca do caixa e não revelaram a origem e o destino dos recursos vão responder, no mínimo, por sonegação fiscal."
Como Simone admitiu não ter nota fiscal dos quase R$ 7,7 milhões que movimentou na conta da empresa no Banco Rural de Brasília, ela poderia ter que pagar cerca de R$ 2,1 milhões de Imposto de Renda, disse Fruet.
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