O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, foi cauteloso ao comentar o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), que vai sugerir aos governos que dêem ênfase ao uso do etanol para a expansão de seu consumo com energia até 2020, a fim de reduzir as emissões de CO2. Detalhes do relatório foram revelados nesta quinta-feira (3) pelo correspondente Jamil Chade, no jornal O Estado de S. Paulo.
"A conseqüência do relatório a ONU é boa, mas Japão e União Européia ainda não decidiram se vão usar (etanol). Na hora que a decisão for tomada por esses países, as coisas vão efetivamente andar", disse Stephanes em visita à Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). "O Brasil acredita que isso vá acontecer, mas por enquanto são decisões tomadas de forma isolada", completou.
O ministro voltou a afirmar que a prioridade agora é a criação de um mercado produtor de álcool e deixou claro que a política brasileira é de repartir a tecnologia para a produção do combustível, da qual é líder mundial. "Toda a tecnologia desenvolvida está disponível para os países da África e da América Central, que possuem condições de produção semelhantes à nossa", afirmou Stephanes. "O importante é ter a garantia de fornecimento para que o mundo entre na era do etanol", concluiu.