Dois meses depois do desembarque, os refugiados afegãos que deixaram a Índia e o Irã para morar em Porto Alegre já descobriram que a vida no Brasil pode ser pacífica, mas também é repleta de dificuldades. O auxílio de R$ 260 por adulto e mais o salário-família de R$ 13 por criança deixam o orçamento familiar apertado.
Os refugiados também estão tendo dificuldades para encontrar empregos, talvez causada por uma expectativa de salários maiores que os pagos no Brasil, especialmente para as funções que podem desempenhar, todas de pequena complexidade, enquanto não dominam o português.
A advogada Rosaura Scavone, coordenadora da Central de Orientação e Encaminhamento (Cenoe), organização não-governamental responsável pelo assentamento, revela que das 230 ofertas de trabalho cadastradas inicialmente sobram apenas 41, que serão avaliadas pelos afegãos.
