Reforma universitária apresentada a deputados

O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldair Rizzi, apresentou a proposta para a reforma universitária, nesta quarta-feira (27), durante audiência pública na Assembléia Legislativa. ?A proposta prevê um tratamento mais justo para as universidades estaduais do ponto de vista financeiro e de integração às políticas nacionais para a educação superior?, avaliou Rizzi.

Conforme disse o secretário, a proposta do Paraná, entregue pessoalmente em Brasília, foi bem recebida pelo secretário nacional de Educação Superior do MEC, Nelson Maculan. ?Ele ficou impressionado com a representatividade das universidades públicas paranaenses?, contou Rizzi. Também chamou a atenção do MEC, a quantidade de alunos atendidos pelas cinco universidades e doze faculdades públicas estaduais, no Paraná. São 74.464 estudantes no total, 72 mil na graduação e 2.209 na pós-graduação (mestrado e doutorado), sem incluir a especialização.

Avanços

Rizzi destacou ainda que as universidades estaduais estão, em muitos casos, acima da média quanto ao anteprojeto sobre a reforma universitária. Um exemplo é a exigência de, no mínimo, 50% de professores mestres e doutores para todas as instituições de ensino superior do país. ?Nas universidades estaduais públicas esse índice já alcança 65%?, afirmou o secretário. A meta do Paraná é aumentar ainda mais o número de professores titulados, o que deverá ocorrer com o Plano de Qualificação de Docentes que já está sendo implantado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Outras recomendações do anteprojeto, como a criação de conselhos comunitários junto às universidades, também vêm sendo antecipadas na forma de parcerias entre o Governo do Estado e as instituições de ensino superior. ?Quanto à pesquisa e ao desenvolvimento científico também estamos avançando bastante?, informou Rizzi, acrescentando que o Fundo Paraná, tem tido um papel relevante ao financiar pesquisas de ponta, qualificar pessoal e reequipar laboratórios.

Para a reitora da Universidade Estadual de Londrina (UEL), professora Lygia Pupatto, deve-se ?discutir que tipo de universidade nós queremos?. ?Também é preciso discutir como atender às metas nacionais de expansão de vagas para o ensino superior?, completou. Lygia participou da audiência pública ao lado dos outros reitores e diretores de instituições públicas.

Segundo a reitora, o Brasil atende, hoje, cerca de 3,8 milhões de jovens, mas, de acordo com as previsões do MEC, precisaria aumentar esse número em pelo menos 30%, o equivalente a 9 milhões de estudantes. ?Mesmo assim, o país ainda precisaria avançar muito, pois, mesmo alcançando essa meta, ainda estaria abaixo da média da América Latina?, disse.

Na UEL o número de candidatos aos vestibulares é crescente. Conforme informações de Lygia, no ano passado, alguns cursos tiveram um acréscimo de candidatos de até 250%. Direito e Medicina estão entre eles ? 55% e 14%, respectivamente. Os candidatos negros também vêm procurando mais as universidades. ?Isto está mudando a cara da elite brasileira?, disse.

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