Reforma ministerial não ajuda na administração da crise, diz Calheiros

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse há pouco em entrevista coletiva que a realização de uma eventual reforma ministerial não ajudaria o governo Lula a administrar a crise política deste momento. "As pessoas comentam (a realização da reforma ministerial), achando que a reforma pode ajudar na crise. Nada ajuda na administração da crise, a não ser investigação e esclarecimento", disse, ao chegar à sede da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), onde participa de almoço. "Nada substitui a investigação e o esclarecimento", reiterou.

Calheiros garantiu ainda que seu partido não vai propor ao presidente da República a adoção de uma reforma ministerial como forma de dar uma resposta à crise política. "O PMDB tem compromisso com a governabilidade e vai levar isso às últimas conseqüências. Nosso partido é estratégico na sustentação do governo e vamos cumprir este papel", assegurou.

Ele disse não alimentar expectativas sobre o depoimento que o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) vai prestar amanhã na Câmara dos Deputados e também sobre a definição da presidência e da relatoria da CPI dos Correios, agendada para amanhã.

"Tenho feito apelos para que os líderes se entendam e façam um acordo na CPI para a presidência e a relatoria. Se este acordo não sair, teremos votação para a escolha dos cargos e, em muitas vezes, a solução pelo voto não é a melhor", opinou.

Após o almoço na Fecomercio-SP, o presidente do Senado deverá participar de ato pela campanha do desarmamento no Sindicato dos Comerciários de São Paulo e, ainda hoje, deve seguir para Brasília. Calheiros admitiu que poderá se encontrar ainda hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Na conversa que mantivemos na semana passada, o presidente Lula mostrou desejo de que as investigações (da CPI) transcorram com tranqüilidade e, para isso, se dispôs a retirar do Congresso Nacional algumas Medidas Provisórias e Projetos de Lei, desafogando, dessa maneira, a pauta, principalmente da Câmara, onde há mais dificuldades", contou.

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