Reforma ministerial

O presidente Lula está determinado a realizar nova reforma no ministério, tendo iniciado a semana em conversas sobre o tema, especialmente com o chefe da Casa Civil, José Dirceu. Também a área de coordenação política do governo participa, embora ainda esteja indefinida a data do anúncio das modificações no primeiro escalão federal.

Lula terminou o ano com uma série de problemas para acomodar, da melhor forma possível, os interesses dos aliados no interior da máquina administrativa, pressionado pelo fato de que não pode abrir mão de apoios no Congresso, vitais para a aprovação de projetos essenciais para o êxito no campo socioeconômico.

Um assunto a ser resolvido de imediato é a pacificação do arraial peemedebista, a quem caberá um terceiro ministério. Como o presidente revelou antes que a senadora Roseana Sarney (PFL-MA) é pule de dez, o que se aguarda da parte da ex-governadora é que abandone o PFL e se filie ao PMDB, para que seu nome seja incluído no ministério. Sem dúvida, isso demonstra o intocado poder político do senador José Sarney, peça principal no esquema que desarticulou a independência que um grupo partidário pretendia exercer.

Também o PP e o PTB esperam quinhão compensador na reforma planejada. O PP ganharia um ministério, ao passo que o PTB negocia para alargar seu espaço na esplanada. Uma das saídas seria a filiação do ministro Ciro Gomes à legenda.

Além disso, há também o problema interno do PT e a torcida que alguns setores fazem para substituir nomes como os de Humberto Costa, Olívio Dutra, Ricardo Berzoini e Jacques Wagner, considerados pouco produtivos.

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