Reforma deve atingir menos de 30% do ministério

A reforma ministerial que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cozinha em fogo brando há quase quatro meses será menor do que deseja fatia expressiva dos partidos aliados. Em conversas reservadas, Lula tem afirmado que, se dependesse dele, nem mexeria na equipe porque, no seu diagnóstico, o governo ?está dando certo?, com menos estrelas e mais técnicos. Pelos últimos cálculos do presidente, as trocas previstas para a segunda quinzena de março não devem atingir nem um terço dos 34 ministros.

Os maiores problemas residem em questões que envolvem ruidosas disputas entre governistas e imbróglios na seara do PT. Apesar de se divertir testando o humor da base de apoio com informações contraditórias, Lula ainda planeja levar a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy para o primeiro escalão. A dúvida é como encaixá-la no Ministério das Cidades sem causar grandes traumas para o PP, que hoje administra a pasta. A Executiva Nacional do PT reforçará amanhã a indicação de Marta.

O segundo impasse diz respeito à indicação do ministro da Saúde. Lula acertou com o governador do Rio, Sérgio Cabral, a nomeação do médico José Gomes Temporão, mas a bancada do PMDB na Câmara esperneia. Motivo: tem outros cinco pré-candidatos à vaga, todos deputados, e não aceita Temporão.

O presidente também tem dúvidas sobre como contemplar o PDT, o mais novo integrante da coalizão. Quer desalojar o PT da Previdência Social para entregar ao PDT, desde que o nomeado seja o deputado Miro Teixeira (RJ), ex-ministro das Comunicações. Os pedetistas, porém, lutam para emplacar Carlos Luppi, presidente do partido.

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