Rio de Janeiro – Menos de duas semanas depois do acordo para a venda, por US$ 112 milhões, das duas refinarias que a Petrobras mantém na Bolívia, nota divulgada pela estatal naquele país informa que em abril foi registrado novo recorde no processamento de derivados de petróleo nas duas unidades, com volume diário de 41.752 barris.

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O recorde foi obtido, segundo a nota da Petrobras Bolívia, devido ao aumento do processamento na refinaria Gualberto Villarroel, na cidade de Cochabamba. Em março, quando houve uma parada para manutenção por 15 dias, a carga havia passado de 30,5 mil barris para 40,04 mil barris por dia.

A Petrobras, acrescenta a nota, ao concluir o processo de transferência de suas refinarias à estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), fornecerá uma planta visando a melhoria da produção para os próximos dois meses na de Cochabamba, em mil barris diários, e na de Santa Cruz, em 2 mil barris por dia.

As duas unidades foram adquiridas em 1999 pela Petrobras Bolívia, ao preço de aproximadamente US$ 104 milhões. As obras de modernização teriam custado cerca de US$ 30 milhões. A partir de decreto do presidente Evo Morales que estatizou a área de exportação de derivados ? o que na prática obrigava a estatal brasileira a vender para a YPFB toda a produção de petróleo recondicionado e de gasolina branca das duas unidades ?, a Petrobras não teve outra alternativa a não ser deixar a área de refino no país.

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As estatais brasileira e boliviana ainda negociam a forma e a data de pagamento dos US$ 112 milhões, o que deverá ocorrer em duas parcelas. O Brasil importa diariamente cerca de 25 milhões de metros cúbicos de gás, que a Bolívia poderá usar como parte do pagamento.