O referendo sobre a comercialização de armas de fogo no País será realizado em
outubro, mas não, necessariamente, no primeiro domingo do mês (02). Essa foi a
estratégia traçada durante um encontro entre o presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), ministro Carlos Velloso, e o relator do referendo na Comissão
de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP). Velloso e
João Paulo chegaram à conclusão de que, como o projeto poderá demorar mais um
pouco para ser votado em plenário por causa da obstrução da pauta e a lei não
determina data específica – apenas o mês da realização -, o referendo poderá ser
feito no fim de outubro.
O presidente do STF calculou em R$ 250 milhões o
custo total do referendo. "Vamos fazer de tudo para que o dinheiro público seja
gasto com propriedade e tudo faremos para que os gastos não ultrapassem essa
cifra." Velloso considerou absurdas as informações de que o referendo custaria
entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões. Segundo João Paulo, os debates em torno
do projeto devem começar na próxima semana e, até a votação na comissão, serão
gastos mais 15 dias , tempo suficiente para que a pauta esteja desobstruída e
pronta para ser votado pelo plenário da Câmara.
