O governo federal e as centrais sindicais chegaram a um acordo para aliviar nos próximos meses o bolso dos contribuintes que pagam Imposto de Renda. O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, anunciou hoje, depois de se reunir com representantes das principais centrais sindicais brasileiras, que será criado um redutor de R$ 100 para o cálculo do imposto a ser pago nos meses de agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro, incluído o décimo terceiro salário. Palocci calcula em R$ 500 milhões a perda de arrecadação do governo com o mecanismo, mas garantiu que os recursos para investimentos serão mantidos.
Os limites de isenção não vão sofrer modificações. Os trabalhadores que recebem até R$ 1.058,00 continuam isentos de pagar o imposto; os que recebem entre R$ 1.058,00 e R$ 2.115,00, vão continuar pagando com alíquota de 15%, e os que recebem acima de R$ 2.115,00, recolherão com a alíquota de 27,5%. O redutor de R$ 100 será aplicado no salário. Um trabalhador que receba R$ 1.100, por exemplo, vai descontar o imposto em cima de R$ 1.000,00.
Segundo Palocci, a idéia do novo mecanismo é beneficiar os trabalhadores que recebem menos. ?Como é um redutor de R$ 100, tem incidência maior para os salários mais baixos. Isso nos dá perdas, mas achamos justo para que os trabalhadores possam ser beneficiados ainda este ano?, ressaltou.
O governo também se comprometeu com as centrais a viabilizar, para o ano que vem, uma tabela com redução progressiva nas alíquotas do Imposto de Renda. A idéia é reduzir a atual alíquota de 15% para os trabalhadores que recebem menos e criar alíquotas maiores para salários acima de R$ 10 mil.
A alternativa encontrada pelo governo, embora inferior às reivindicações das centrais trabalhistas, agradou os sindicalistas. O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, disse que foi uma ?conquista? depois de muitos anos de luta para a redução das alíquotas do Imposto de Renda.
?Não é exatamente o que nós queríamos. Mas como o governo sugeriu o redutor, achamos positivo porque beneficia quem ganha menos?, ressaltou.

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