Rio de Janeiro – A redução dos desequilíbrios regionais terá prioridade na nova gestão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O novo presidente da instituição, Luciano Coutinho, prometeu em seu discurso de posse, na quarta-feira (2), estreitar a parceria com os governos estaduais e os bancos de desenvolvimento locais.
O objetivo, afirmou, é o de apoiar projetos produtivos regionais, como o de fruticultura do semi-árido nordestino, a fim de incrementar a exportação: "O BNDES precisa fazer essas parcerias para poder emprestar mais".
Para isso, no entanto, destacou ser necessário que se desenvolvam projetos e capacidade empresarial nessas regiões. Coutinho citou os Arranjos Produtivos Locais (APL), que são aglomerações de pequenas empresas com a mesma vocação econômica em uma determinada região.
"Nós podemos ajudar a desenvolver em cada um desses pólos uma cultura empresarial empreendedora, uma cooperação tecnológica e uma articulação de esforços para chegar aos mercados, para melhorar a qualidade dos produtos, para definir a origem de produto?, explicou.
Em sua primeira audiência como presidente do BNDES, Coutinho já recebeu três pedidos de financiamento da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, para implantação de projetos naquele estado.
Os projetos são o de construção do Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá, em Belém; de desenvolvimento do Programa Caminho da Parceria; e de reestruturação da Fundação de Telecomunicações do Pará (Funtelpa).
?É um exemplo de uma agenda construtiva que nós temos de buscar com os governos?, afirmou Coutinho, após lembrar que o BNDES "terá que fazer muito mais para evitar o desmatamento predatório na Amazônia". Ele acrescentou que "é preciso ajudar a criar o cinturão de proteção com atividades economicamente viáveis e que sejam compatíveis com a preservação ambiental?.