A redução das alíquotas de Imposto de Renda (IR) nas aplicações de renda fixa e variável para estimular a poupança de longo prazo deve aumentar a competitividade dos bancos de médio porte, avalia o presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), André Jafferian Neto. Segundo ele, as medidas anunciadas hoje pelo governo vão estimular, no médio e longo prazos, a demanda por Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), o principal instrumento de captação de recursos dos bancos sem rede de agências.
Para o executivo, os bancos médios passarão a oferecer, já a partir de segunda-feira, CDBs com prazos semelhantes aos degraus de redução de alíquotas. As regras divulgadas nesta sexta-feira aumentam para 22,5% a alíquota do IR sobre os ganhos de capital para aplicações inferiores a seis meses, mantêm a alíquota de 20% para aplicações entre seis meses a 12 meses, reduz para 17,5% as aplicações de 12 a 24 meses e para 15% as aplicações com prazo superior a dois anos.
De acordo com Jafferian, os CDBs de bancos de médio porte são comprados basicamente pela indústria de fundos de investimento. Ele destaca, no entanto, que o alongamento do prazo das aplicações em fundos será bastante gradual e, portanto a maior demanda por CDBs só ocorrerá no médio e longo prazos. O executivo lembra que o fator liquidez ainda é bastante relevante para o investidor.
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