Redecker e Delgado querem fim do voto secreto

Numa reação à decisão de ontem da Câmara, de absolver os deputados Roberto Brant (PFL-MG) e professor Luizinho (PT-SP), no processo de cassação por conta do envolvimento no esquema do mensalão operado pelo empresário Marcos Valério Fernandes, os deputados Julio Delgado (PSB-MG)e Julio Redecker (PSDB-RS) começaram a articular a apresentação de uma proposta de emenda constitucional para acabar com o voto secreto no julgamento de parlamentares. A proposta já conta com 160 assinaturas, informou Delgado, que foi relator no Conselho de Ética do processo contra o ex-deputado José Dirceu.

Redecker, por sua vez, questiona o fato de no Conselho de Ética o voto ser aberto e no plenário ser secreto. "Por que só os integrantes do Conselho de Ética têm que ficar expostos? Neste caso a opinião do parlamentar tem que ficar clara para a opinião pública", afirmou ele.O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), informou que pretende adotar uma estratégia diferente na Câmara em relação aos outros processos de cassação de parlamentares. A sua idéia é procurar os líderes de todos os partidos para explicar todo o processo de cassação que estiver em jogo. Na sua avaliação, a maioria dos parlamentares desconhece os fatos relatados no processo de cassação.Ele definiu a absolvição dos dois deputados na sessão de ontem ao "sentimentalismo, romantismo e amizade".

No caso de Roberto Brant, disse que o que foi julgado ontem não foi o delito, mas toda a sua vida política e por isso ele foi absolvido. No caso do professor Luizinho, Izar disse que os deputados simplesmente desconheciam o processo.

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