Rede fraudulenta crescia com ?dois ou três parlamentares? por semana

Brasília – A rede de contatos da Planam, empresa acusada de comandar fraudes para a compra superfaturada de ambulâncias, era ampliada com "dois ou três novos parlamentares por semana" e a escolha do parlamentar era feito por meio da proximidade com outro parlamentar ou por meio do rastreamento das emendas do Orçamento. Essa é uma das constatações do relatório parcial da CPI dos Sanguessugas, aprovado em votação simbólica.

O empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin "aproximava-se desses parlamentares que haviam apresentado emendas que lhe fossem interessantes, a fim de propor o direcionamento de sua execução, mediante a promessa do pagamento de propina".

O valor a ser pago era acertado previamente, segundo o relatório, e a maioria dos parlamentares preferiam receber em dinheiro. Em alguns casos, havia o "adiantamento" do pagamento ou até negociações no que o relator classificou como "mercado futuro de emendas" durante a campanha eleitoral de 2002, "quando os parlamentares aceitavam o adiantamento sob promessa de, uma vez eleitos, apresentarem as emendas para a aquisição das unidades móveis de saúde".

O pagamento era feito, quase sempre, em dinheiro e diretamente no gabinete dos parlamentares. O relator Amir Lando usou como comprovação o depoimento do motorista da Planam Fernando Freitas Phelippe, que afirmou ter visto Darci Vedoin, Luiz Antônio Vedoin e Ronildo Medeiros transportando grande quantia em dinheiro. No depoimento, Fernando diz ainda que já havia visto Luiz Antonio e Ronildo "retirando dinheiro da maleta e colocando nos bolsos dos paletós e nas meias".

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