Rede Brasil pede mais transparência nos financiamentos do BNDES

Rio de Janeiro – A Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais, que reúne 56 organizações de todo o país, entre sindicatos, movimentos sociais e organizações não governamentais, cobra do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mais transparência e a reavaliação dos critérios para aprovação de financiamentos.

Durante um debate, promovido hoje (13) pelo banco, a coordenadora da Rede Brasil, Magnólia Said, afirmou que a política de comunicação e de informação do banco é deficiente. Para ela, o BNDES deveria listar, através de sua página na internet, por exemplo, os projetos que foram aprovados para receber financiamento, o que não é feito hoje em dia.

Segundo Magnólia, também faltam critérios que levem em consideração os impactos ambientais causados pelos empreendimentos aprovados. ?Muitas empresas que recebem financiamento causam danos sócio-ambientais. O banco, como emprestador, tem responsabilidade no tipo de investimento que ele vai fazer, ele não pode se desobrigar (das responsabilidades)?, afirmou.

O diretor de Inclusão Social e Crédito do BNDES, Élvio Gaspar, explicou que a instituição tem avançado na questão da transparência. Disse que desde 2005 foi criado um grupo de trabalho para formular uma política de informação mais eficiente, que inclui a reformulação do portal corporativo do banco. ?A transparência é um conceito e vai aumentando conforme os diálogos. O processo nunca chega ao fim porque sempre terá demanda, mas a existência do processo nos interessa?, afirmou.

Élvio reiterou, ainda, a responsabilidade social do banco, afirmando que só são aprovados projetos que tenham recebido licença ambiental dos órgãos competentes. ?A gente não vai financiar nenhum projeto que tenha problemas ambientais, mas se tiver licença ambiental, a gente vai financiar. O espaço para essa discussão não é aqui, mas no Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) ou o órgão licenciador ambiental. Se eles concluírem, através das audiências públicas, que a licença é devida, não somos nós que não vamos dar a licença ou dar outra licença?, esclareceu.

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