Uma linha de crédito especial de R$ 17,215 bilhões, oriundos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), vai financiar projetos de geração de emprego e renda no Brasil. Esta será a maior aplicação de recursos desde a implantação do fundo, que no ano passado liberou cerca de R$ 10 bilhões.
O setor de infra-estrutura, que engloba projetos de geração de energia, ferrovias, aeroportos, portos, rodovias, telecomunicações e saneamento, deve contar com R$ 5,9 bilhões para o incremento de suas atividades até o final do ano. A decisão foi aprovada pelo Conselho Deliberativo do FAT (Codefat), formado por técnicos do governo e representantes de empregadores e empregados.
Atualmente o FAT tem um patrimônio estimado em R$ 150 bilhões e de seu orçamento anual uma parcela de 40% vai diretamente para o BNDES garantir investimentos no desenvolvimento do setor produtivo. O FAT também libera recursos para o programa de seguro-desemprego e abono salarial, atribuições prescritas pela Constituição.
A medida chega num momento propício, tendo em vista a confirmação dos indícios de desaceleração da economia antecipados há pelo menos um mês. É uma forma vigorosa de o governo empenhar-se no esforço conjunto para evitar o agravamento duma crise de sérias conseqüências.