O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca, esclareceu hoje que os representantes do Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) que estiveram hoje reunidos com técnicos do banco não solicitaram recursos para compra da companhia aérea, mas sim para novos investimentos.
Fiocca disse que o BNDES estudará a proposta de investimento do TGV, levando em conta a sustentabilidade financeira do projeto. Indagado sobre qual será o prazo para a análise, ele respondeu que a disposição do banco é fazer a avaliação rapidamente e exemplificou que, no caso da compra da VarigLog, no final de 2005, a aprovação da operação pelo banco ocorreu em duas semanas. Porém, ele ponderou que, no caso da operação da VarigLog, havia a fiança da TAP, o que facilitou a análise do risco de crédito.
Fiocca disse também que a informação que obteve dos técnicos do BNDES que participaram da reunião com o TGV é que os compradores da Varig não adiantaram quaisquer volumes financeiros a serem solicitados ao banco até o momento. O presidente do BNDES afirmou desconhecer a solicitação de US$ 150 milhões para capital de giro, conforme declarado pelo coordenador do TGV, Marcio Marsillac, à imprensa.
Fiocca comentou ainda que os representantes do TGV garantiram que contam com investidores para a compra da Varig, mas não quis informar se os nomes desses investidores foram ou não revelados ao BNDES.