O extenuante processo de cassação do mandato do deputado José Dirceu (PT-SP) foi mais uma vez interceptado pelo último recurso apresentado pelo ex-chefe da Casa Civil ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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No recurso, Dirceu pede, pela enésima vez, a suspensão do processo de cassação na Câmara dos Deputados. Submetido ao plenário da corte na quarta-feira, houve empate de cinco a cinco e a matéria adiada por uma semana. Ninguém suporta mais o carma produzido pela interminável fieira de recursos jurídicos desenrolada pelos advogados do deputado paulista.

O mesmo STF que rejeitara, em outubro, por sete votos a três, pedido similar do deputado pela suspensão do processo, desta vez concedeu-lhe o alento da sobrevida. Fato que não esconde a verdadeira colcha de retalhos da elaboração jurídica brasileira.

Aliás, jamais alguém defendeu o mandato com tamanha disposição quanto a demonstrada por José Dirceu, embora seu colega Fernando Gabeira (PV-RJ) afirme que a cassação por quantidade folgada de votos está assumida no íntimo da maioria.

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Dirceu aferrou-se à tese da inviabilidade da tese da cassação após o PTB ter retirado a representação que deu origem ao processo no Conselho de Ética. Se não existe representação não pode haver continuidade do processo, argumenta o ex-guerrilheiro.

Nessa toada, chegará o recesso legislativo e a ensancha rebarbativa de Zé Dirceu acaba ancorada no recurso gregoriano. 

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