Estimativas realizadas pela consultoria paulista AgRural indicam que na safra atual, pela primeira vez na história, a produção nacional de soja ultrapassará a barreira de 60 milhões de toneladas. Um feito digno de elogios pelo elevado padrão tecnológico da agricultura brasileira, de modo especial o segmento direcionado para o agronegócio.
Caso a produção estimada venha a se confirmar – cerca de 70% da área plantada já foi colhida e embasa a expectativa final -, ela será 12% maior que a alcançada no ano passado. Os números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que seriam divulgados ontem, podem conter alguma disparidade em relação à estimativa da AgRural, mas, segundo os prognósticos dos analistas do mercado de commodities agrícolas, a instituição ligada ao Ministério da Agricultura deverá ratificar o excelente desempenho da soja brasileira.
A região Sul e o Paraná, em particular, aportaram exponencial contribuição à grandeza da safra atual da oleaginosa, sobretudo pelos altos índices de produtividade das lavouras. O Paraná e o Rio Grande do Sul terão safras recordes, respectivamente, de 12,5 milhões e 10,9 milhões de toneladas.
Além disso, os plantadores de soja da região foram os únicos a aumentar a área de cultivo e, bafejados pelo comportamento moderado do fenômeno climático El Niño, foram beneficiados por um regime de chuvas ideal para as várias fases de desenvolvimento da produção.