Recorde de carteiras assinadas evita aumento do desemprego

São Paulo e Brasília – Cerca de 146 mil carteiras de trabalho tiveram a página "Admissão" assinadas no mês passado. O número foi recorde para um março, segundo levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje Ministério do Trabalho. O desempenho positivo evitou que o desemprego de março deste ano fosse maior que o de março do ano passdo, segundo pesquisa divulgada também nesta quarta-feira (25) pelo Departamento Intersindical de Estudos Econômicos (Dieese). Em fevereiro, o desemprego havia sido de 15,9%.

A pesquisa do Dieese indica que 16,6% dos trabalhadores estavam desempregados no mês passado, abaixo dos 18% de março do ano passado. Mesmo assim, o desemprego cresceu em comparação com fevereiro (15,9%), o que é considerado normal pelo Dieese.

"No primeiro trimestre esse comportamento (aumento do desemprego) se acentua. O que observamos é a redução da ocupação e a saída das pessoas do mercado de trabalho", avalia a economista do Dieese, Patrícia Lino Costa. "Nesse período, há nitidamente a criação de ocupações com carteira de trabalho assinada. Contratar com carteira de trabalho assinada significa contratar pessoas que tendem a permanecer mais tempo no trabalho".

Das 18 milhões empregadas ou à procura de trabalho – a População Economicamente Ativas (PEA) – cerca de 3,4 milhões não tem nenhum tipo de ocupação remunerada. Outras 800 mil têm seu desemprego ocultado pelo "trabalho precário", nomenclatura do Dieese para chamar o trabalho temporário.

O setor que mais desempregou foi a indústria, com aumento de 2,9% na taxa de desocupação. A pesquisa do Dieese é feita nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife e Distrito Federal.

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